sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mortalidade materna cai 19% em 2011



Dados divulgados ontem pelo Ministério da Saúde indicam que o Brasil pode ter registrado em 2011 a maior redução em termos absolutos no índice de mortalidade materna desde 2002 -ano em que o país freou a acentuada melhora nesse indicador verificada nos anos 1990.
O governo registrou 705 óbitos maternos no primeiro semestre de 2011 contra 870 no primeiro semestre de 2010, uma queda de 19%.
Dados preliminares indicam, segundo o ministério, que o país pode atingir em 2011 uma taxa próxima a 63 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos, contra 68 por 100 mil em 2010.
O índice, se confirmado, significará a maior queda da taxa de mortalidade desde 2002. O governo atribuiu o desempenho a uma melhora geral dos serviços de atendimento à gestante.
Porém, mesmo se mantiver esse novo e acentuado patamar de queda nos próximos quatro anos, o país não vai cumprir a meta estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2000.
"Temos de intensificar o trabalho nos próximos anos se quisermos atingir os Objetivos do Milênio, de chegar a 35 [mortes maternas por 100 mil nascidos vivos] em 2015", afirmou o ministro Padilha.
Ontem ele afirmou que continua trabalhando com a meta traçada pela ONU. Em eventos recentes, porém, o ministro já declarou que esse pode ser um objetivo não cumprido pelo Brasil.
ATRASO
Uma pesquisa internacional divulgada no ano passado apontou que o país poderia se atrasar em 25 anos para cumprir a meta.
A curva na proporção de mortes de mães em relação ao total de nascidos vivos é acentuada durante toda a década de 1990 e se transforma em uma linha quase estável nos anos 2000.
Segundo Padilha, os anos 90 se caracterizaram pela universalização do pré-natal e do parto em hospitais. Na época, porém, não havia uma boa investigação que identificasse as causas das mortes.
Considera-se morte materna a que ocorre durante a gestação ou até 42 dias após o parto, qualquer que tenha sido a duração da gravidez.
A estatística inclui causas diretas de morte materna (como eclâmpsia e hemorragia pós-parto) e indiretas (doenças preexistentes agravadas na gravidez, como diabetes e doenças circulatórias), e exclui causas externas, como acidentes.
Mortalidade materna pode ter maior queda desde 2002
Dados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Saúde indicam que o Brasil pode registrar a maior queda, em termos absolutos, na taxa de mortalidade materna desde 2002, quando o país freou uma fase acentuada de redução dessas mortes.
 país está, porém, longe de atingir a meta para 2015, traçada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2000.
Segundo levantamento do ministério, foram 870 mortes maternas no primeiro semestre de 2010 e 705 no mesmo período de 2011; uma diminuição de 19%.
Os dados completos de 2011, ainda preliminares, fazem o governo acreditar que o país pode encerrar o ano com uma razão de mortalidade de 63 mortes de mães por cada cem mil crianças nascidas vivas.
Isso significaria uma redução de cinco pontos em relação a 2010, queda que não é registrada pelo Brasil desde 2002 (quando a taxa saiu de 80 para 75), explicou o ministro da pasta, Alexandre Padilha. "Demoramos de 2003 a 2010 para ter uma queda de quatro pontos na taxa de mortalidade materna", disse.
Enquanto os anos 90 registraram uma acentuada queda nesse indicador, os de 2000 foram quase de estabilidade, o que fez pesquisadores apontarem, em 2011, que o Brasil levaria 25 anos para cumprir a meta da ONU, atingindo o indicador apenas em 2040.
"Temos que intensificar os trabalhos nos próximos anos se quisermos atingir os Objetivos do Milênio de chegar a 35 [mortes maternas por cem mil nascidos vivos] em 2015. [Vemos em 2011 uma] intensificação da curva de redução", admitiu Padilha.
As principais causas de morte materna são hipertensão gestacional, hemorragia, infecção pós-parto, doenças circulatórias pré-existentes e agravadas com a gravidez e aborto.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo / Johanna Nublat, de Brasília 

Campanha da Fraternidade 2012: Pastoral da Criança defende fortalecimento dos conselhos municipais de saúde

Durante o lançamento da Campanha da Fraternidade nesta terça-feira, 22, em Brasília, o gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur, defendeu maior participação da população e efetividade no funcionamento dos conselhos municipais de saúde. A presença, representação da comunidade nos conselhos de saúde é imprescindível para melhorar o acesso, a qualidade e o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), destacou Boufleur que também é representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no Conselho Nacional de Saúde.
Com o tema “Fraternidade e Saúde Pública”, a 49ª Campanha da Fraternidade visa promover ampla discussão sobre a realidade da saúde no Brasil e das políticas públicas da área com a finalidade de contribuir na qualificação, no fortalecimento e na consolidação do SUS.
A saúde está no topo da lista de prioridades das pessoas, diz Clóvis Boufleur. “A saúde depende de cuidados pessoais, da ajuda dos outros e do esforço coletivo. O conselho de saúde é um espaço público que permite avanços nestas três dimensões”. Com representação da comunidade, dos trabalhadores da saúde, prestadores de serviços e governo, o conselho de saúde atua na formulação e no controle da execução da política de saúde no estado ou no município. A Constituição Federal garante a presença da comunidade nas reuniões dos conselhos, como conselheiro de saúde ou como ouvinte e colaborador.
De acordo com o representante da Pastoral da Criança, problemas como o acesso, baixa qualidade no atendimento e mau uso dos recursos do SUS em muitos municípios podem revelar que a população está ausente do conselho de saúde da cidade. “O SUS é incompleto sem os conselhos”, frisa Boufleur, para quem o conselho deve se reunir pelo menos uma vez por mês, em espaços que possam contar com a presença de representantes da população. “Bom seria se estas reuniões juntassem multidões e fossem um dos eventos mais esperados mensalmente”.
Mas não é isso que acontece. Informações colhidas mensalmente pela Pastoral da Criança, em mais de mil municípios, mostram que 30% dos conselhos não se reúnem todos os meses, e assim os problemas e as soluções para a saúde deixam de ser debatidos. O conselho de saúde que conta com apoio popular tem mais poder de fiscalizar e apresentar propostas de melhorias para saúde, afirma Clóvis Boufleur.


Fonte: Assessoria de Comunicação
Coordenação Nacional da Pastoral da Criança




quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

SAIBA QUAL O SIGNIFICADO DA QUARTA FEIRA DE CINZAS

É na quarta-feira de cinzas que começa a quaresma. Passam-se quarenta dias antes da Sexta-feira Santa. O nome “oficial” da quarta feira de cinzas é “ O Dia das cinzas”. O motivo pelo qual este dia ficou conhecido como quarta-feira de cinzas é que são 40 dias antes da Sexta-feira Santa, e o primeiro dia é sempre uma quarta-feira. A Bíblia não menciona a quarta-feira de cinzas. 

O período da quaresma tem como objetivo ser um tempo no qual as atividades e hábitos pecaminosos são abandonados. A quarta-feira de cinzas é o início deste período de arrependimento. A Bíblia contém inúmeras narrativas de pessoas usando “poeira e cinzas” como símbolo de arrependimento e/ou sofrimento (Gênesis 18:27; II Samuel 13:19; Ester 4:1; Jó 2:8; Daniel 9:3; Mateus 11:21). A tradição é que se desenhe, com cinzas, o sinal da cruz na testa da pessoa, como símbolo de sua identificação com Jesus Cristo. Um conceito parecido é mencionado em Apocalipse 7:3; 9:4; 14:1 e 22:4.

Deve o cristão observar a quarta-feira de cinzas? A quarta-feira de cinzas, junto com a quaresma, é observada pela maioria dos católicos, pela maioria das denominações ortodoxas e algumas denominações protestantes. Como a Bíblia, em nenhum lugar, ordena ou condena tal prática, os cristãos estão livres para, em oração, decidirem se vão ou não observar a quarta-feira de cinzas. Se um cristão se sente movido pelo Senhor a observar a quarta-feira de cinzas ou quaresma, o importante é que o faça sob a ótica bíblica. É boa coisa se arrepender de atividades pecaminosas. É boa coisa claramente se identificar como um cristão. Mas não é bíblico crer que Deus vai, automaticamente, abençoar você em resposta a observação de um ritual. Deus está interessado em nossos corações, não em que observemos rituais. Veja Mateus capítulo 6, versos 1-8.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dormir de barriga para cima é mais seguro

O lema “Que a saúde se difunda sobre a Terra”, da Campanha da Fraternidade 2012, inspirou o Calendário da Pastoral da Criança deste ano. De janeiro a dezembro os temas estão resumidos em frases mensais. Os líderes podem utilizar estas frases para fazer o planejamento do ano.
Cada tema será aprofundado na coluna Cidadania do jornal da Pastoral da Criança. Os líderes podem organizar iniciativas locais de comunicação e informação sobre o destaque do mês. Juntos, vamos levar saúde e vida em abundância para as famílias, voluntários e para a comunidade.
Desde o ano de 2009 a Pastoral da Criança vem desenvolvendo ações sobre o tema "Dormir de barriga para cima é mais seguro". A morte súbita em bebê não tem causa definida e ocorre durante o sono. O diagnóstico é feito quando não há outra explicação para a morte.
A campanha lançada pela Pastoral da Criança e estruturada por pesquisa realizada na cidade de Pelotas e por campanhas e pesquisas internacionais, como EUA e Inglaterra, orienta que colocar o bebê para dormir de barriga para cima diminui em 70% a morte súbita no bebê.
Isso tem explicação: o bebê que dorme de lado ou de bruços respira o mesmo ar que expira, isto é, o bebê inala um ar rico em gás carbônico e pobre em oxigênio, realizando uma asfixia, onde o bebê fica sem oxigênio podendo chegar ao óbito. A questão sobre o modo ideal de colocar a criança para dormir é controversa. Muitas mães têm medo de colocar o bebê dormindo de barriga para cima, pois podem engasgar com o próprio vômito.
No entanto, Cesar Victora, doutor em Epidemiologia, pesquisador da Universidade Federal de Pelotas, ressalta que é preferível o bebê estar sujeito a sofrer engasgamento do que correr risco de morte. Ao engasgar, o bebê tem o reflexo da tosse, que logo chama a atenção dos pais. Já inalando um ar rico em gás carbônico, o bebê está sujeito a morrer "silenciosamente".
Líder, lembre de conversar com as gestantes e mães de bebês sobre essa campanha e repasse para elas as orientações de colocar o bebê para dormir sempre de barriga para cima; amamentar até o 6º mês somente com o leite materno; não fumar e nem deixar que fume na presença de crianças pequenas; não agasalhar demais o bebê e deixar fora do berço travesseiros, brinquedos e outros objetos fofos.
Aproveite também as Reuniões de Reflexão e Avaliação para conversar com os outros líderes da sua comunidade e pensarem juntos a melhor maneira de utilizar os materiais dessa campanha. Você podem distribuir os folhetos explicativos para as gestantes e famílias com bebês, espalhar os cartazes pela comunidade, na Igreja, nos ônibus e outros espaços de grande circulação. Também aproveite o Mutirão em Busca da Gestante e organize uma Roda de conversa com elas para juntas conversarem sobre o assunto.
Com esse gesto simples e essas orientações, podemos salvar a vida de muitas crianças e garantir que elas possam crescer fortes, saudáveis e alegres.

Fonte: Pastoral da Criança Nacional